ceticismo
ce·ti·cis·mo

sm
1 Filos No sentido mais geral, corrente de pensamento segundo a qual o espírito humano não pode ter certeza absoluta de alcançar a verdade e deve abster-se de julgar. Preconiza, também, que toda afirmação deve ser submetida a uma constante dúvida.
2 por ext Descrença, incredulidade, falta de fé: “As suas mãos maquinalmente esticaram-se, e os nossos olhos acompanhando aquele gesto elegante de ceticismo mundano, deram no céu, recamado de ouro” (JR).
EXPRESSÕESCeticismo antigo, Filos: corrente à qual pertenciam duas escolas: a dos pirronistas e a dos neoacadêmicos. Segundo os pirronistas, escola fundada por Pirro de Élide (séculos IV-III a.C.), é impossível chegarmos ao conhecimento das coisas, em relação às quais devemos ter sempre uma atitude de reserva, de dúvida. Não devemos confiar nem em nossas sensações, nem em nossos julgamentos, resultando daí a paz da mente, a ataraxia, na qual reside a felicidade. Os neoacadêmicos (Arcesilau e Carneades, séculos III- II a.C.) desenvolveram o probabilismo, doutrina que também pregava a impossibilidade de se conhecer a verdade absoluta, mas distinguia verdades mais ou menos prováveis. A história do ceticismo antigo termina com Sexto Empírico (final do século II a.C.), cujas obras são uma compilação conscienciosa de todo esse período.
Ceticismo moderno, Filos: corrente de pensamento associado, principalmente, ao filósofo inglês David Hume (1711-1776), a qual começa por uma crítica do conhecimento; nada nos é dado fora da percepção, que produz em nós impressões e ideias. De acordo com Hume, a verdade e a falsidade de todas as afirmações a respeito da existência e da natureza das coisas no mundo exterior só podem ser descobertas se compararmos essas afirmações com as evidências de nossas percepções sensíveis. INFORMAÇÕES COMPLEMENTARESVar: cepticismo.
ETIMOLOGIAder de cético+ismo, como fr scepticisme.
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