dialética di·a·lé·ti·ca sf1 A arte de discutir, de desenvolver raciocínios e apresentar argumentos com os quais se pretende esclarecer uma questão ou fazer valer um ponto de vista.
2 Filos Método de argumentação ou de exposição que confronta sistematicamente fatos ou ideias contraditórios, com o objetivo de resolver suas contradições reais ou aparentes.
3 Filos No platonismo, processo de pôr em evidência os conceitos e classificá-los de modo a elevar-se do conhecimento sensível ao conhecimento inteligível.
4 Filos No aristotelismo, processo racional, não demonstrativo, que parte de premissas prováveis, aceitáveis a todos ou à maioria, e que, por não partir de premissas verdadeiras, traz em si a possibilidade de refutação; inferência racional baseada em premissas prováveis.
5 Filos No kantismo, teoria dos erros naturais do espírito humano, que se fundam em princípios subjetivos aos quais toma por objetivos e que permanecem ligados à razão humana mesmo depois de terem suas contradições demonstradas; lógica da ilusão.
6 Filos No hegelianismo, método de raciocínio que opera por meio do confronto de uma tese e sua antítese e que tenta superar a contradição daí resultante por meio de uma síntese final ou da união dos contraditórios. (Segundo esse modo de explicação da realidade, no Universo tudo é movimento e transformação, e as transformações das ideias determinam as transformações da matéria.)
7 Filos No marxismo, processo de descrição do real, que se opõe à dialética hegeliana por considerar que as ideias não são reflexos passivos e independentes do mundo material, mas sim produtos do trabalho humano, e que a natureza contraditória de nossos pensamentos se origina das contradições existentes na sociedade humana. (De onde se infere que a consciência é formada através dos processos sociais materiais, especialmente do trabalho.)
8 fig,
pej Maneira insinuante e capciosa de argumentar, de raciocinar com excesso de sutilezas.
ETIMOLOGIAlat dialectica.