Etimologia
No fim do verbete encontra-se a etimologia do vocábulo, que apresenta informações sobre a origem da palavra.
Importante ressaltar que nem todo verbete terá um campo destinado à etimologia. Exemplos de verbetes sem etimologia são os símbolos e as letras (e seus usos derivados, como conceitos, notas musicais, elementos do sistema hexadecimal etc.).
O desmembramento de siglas será interpretado como étimo; o mesmo vale para as marcas registradas.
Sigla de
Um caso especial é o dos chamados vocábulos expressivos, cuja etimologia depende da reconstrução e da descrição de sincronias pretéritas do português, bem como da sua frequência de uso nesses períodos reconstruídos. Tais reconstruções ainda são objeto de estudo.
Também, devido à falta de investigações atuais, algumas onomatopeias e as interjeições foram consideradas a meio caminho entre as palavras sem etimologia e os vocábulos expressivos.
A indicação etimológica, por vezes, é feita de maneira direta. Nesse caso, as línguas mais comuns tiveram os nomes abreviados, diferentemente das menos comuns, cujos nomes foram escritos por extenso.
Às vezes, a indicação de uma origem remota também é indicada. Diferenciam-se assim, na medida do possível, palavras que entraram indiretamente no português. Nesses casos, o étimo vem indicado logo após a palavra via.
Palavras de origem latina aparecem de duas formas distintas no campo destinado à etimologia. Sabe-se que algumas palavras foram transmitidas de geração a geração, por meio do latim falado, o qual foi sofrendo muitas alterações fonéticas e semânticas devido ao seu uso ininterrupto. Nesse caso, seguindo as pesquisas atuais da filologia românica, o étimo dos substantivos e adjetivos aparece no acusativo (sem apócope do -m), que é o caso lexicogênico das palavras de origem latina mais básicas das línguas românicas.
Por vezes a palavra foi restaurada, no passado, por conhecedores do latim clássico ou medieval (clérigos, filósofos, cientistas). Nesse caso, não se deve falar de uma herança ininterrupta, e o étimo estará sistematicamente no nominativo singular, mesmo nos casos em que haja alguma analogia que possa apontar para uma maior proximidade formal com o étimo acusativo (por exemplo, nas palavras terminadas em -ção não herdadas do latim vulgar e surgidas em movimentos de ampliação vocabular no final da Idade Média, por imitação de outras línguas românicas, como o francês e o espanhol, que usavam, respectivamente, -tione -ción). Essa diferença no tratamento dos étimos, quer no acusativo (para as palavras provenientes do latim vulgar), quer no nominativo (para as palavras ressuscitadas por conhecedores do latim clássico), tem como objetivo criar uma metodologia mais condizente com a história dos verbetes e não se submete a nenhuma tentativa artificial de padronização, como se encontra em outras obras que lidam com o problema (algumas colocam todos os étimos latinos no nominativo; outras, no acusativo). Da mesma forma, indicam-se as palavras do latim científico no nominativo.
Palavras vindas do latim medieval e eclesiástico também são indicadas no nominativo, mas, diferentemente dos demais termos cultos, sofreram alterações fonéticas especiais por terem tido, muitas vezes, rápida divulgação popular. Por não se tratar de um dicionário voltado exclusivamente à etimologia, a distinção cronológica acima aplicada aos étimos latinos não é feita nos étimos gregos, hebraicos e árabes, embora essas línguas também tenham fornecido palavras ao longo de diferentes etapas sincrônicas.
Evitou-se ao máximo a indicação de radicais greco-latinos, exceto nos casos em que o radical é fruto de analogias ou de divulgação interlinguística europeia, por meio do latim medieval ou científico (ou, mais atualmente, do francês e do inglês). Por vezes, o étimo das palavras em português requer investigações mais detalhadas. No atual estágio, percebemos que algumas palavras não são exclusivas do português e não podem ter surgido em mais de uma língua ao mesmo tempo. A coincidência de cognatos, ainda que parcial, entre o português e outras línguas europeias sem a estipulação da direção do étimo é indicada após a palavra “como”.
Diferenciaram-se as palavras do ibero-românico, que seria o desenvolvimento do latim vulgar regional, muitas vezes reconstruído por meio de comparação interlinguística e, por isso, indicado com um asterisco, por exclusão de outras áreas do Império Romano. Desse modo, o étimo do ibero-românico circunscreve-se às línguas da península Ibérica.
Toda etimologia que possa ser reconstruída, embora falte documentação que a comprove, também virá com o asterisco, que é um símbolo tradicional para representar as reconstruções.
Buscando uma apresentação mais científica do étimo, optou-se pela não indicação de étimos polêmicos, ainda carentes de aprofundadas pesquisas linguísticas e históricas. Esses casos foram indicados como etimologiadesconhecida. Da mesma forma, evitaram-se indicações etimológicas excessivamente vagas, como “vocábulo africano”, uma vez que o continente africano dispõe de um número enorme de línguas. Também foram evitados os étimos relativos a famílias linguísticas e não a línguas específicas, quando não havia um étimo claro. Indicações etimológicas como “do banto” ou “do caribe” não informam nada pois, atualmente, há cerca de trinta línguas caribes distintas e mais de quinhentas línguas do grupo banto, sem falar das que são consideradas dialetos.
Paralelamente à etimologia, algumas palavras não são herdadas de outros sistemas mais antigos, mas sim, criadas em sincronia. Casos de formações morfológicas, como derivações e composições, são indicados sem referência a origens mais remotas de seus componentes.
Vários dos conceitos apresentados acima podem coexistir numa mesma etimologia.
É preciso informar que as palavras presentes após a indicação “como” são apenas as cognatas e, portanto, podem hoje ter significados distintos do verbete em questão ou simplesmente não ser muito usadas na língua coloquial. Também após “como” podem aparecer alguns decalques, por exemplo, em palavras originárias do alemão e posteriormente decalcadas pelo francês, por meio do qual teriam entrado no português. Procurou-se declarar também de modo explícito tal decalque.
Respeitou-se a grafia de todas as línguas com alfabeto latino. Essa regra não se restringe aos acentos circunflexo (â, ê, î, ô, û, ĉ, ŝ), agudo (á, é, í, ó, ú, ý, ć, ń, ś) e grave (à, è, ì, ò, ù), à cedilha (ç, ş, ţ) e ao til (ã, õ, ñ), mas também aos pontos inferiores do ioruba (ọ, ẹ, ṣ), ao eszet alemão (ß), às letras æ (latim, dinamarquês, norueguês, islandês), œ (latim, francês), ø (dinamarquês, norueguês), å (dinamarquês, norueguês, sueco), ů (tcheco), ð e þ (islandês), ő e ű (húngaro), ı e ğ (turco) e ao háček do tcheco e do servo-croata (č, š, ž).
Em latim, por vezes, marcam-se as diferenças de quantidade vocálica por meio dos mácrons (ā, ē, ī, ō, ū) e das bráquias (ă, ĕ, ĭ, ŏ, ŭ). Além disso, tanto as línguas de escrita não alfabética quanto as que utilizam outros alfabetos seguiram alguns critérios internacionais.
As vogais do grego são transcritas como a, e, ē, i, o, ō, y (a última exceto em ditongos, quando é grafada u), com acentos e tremas (â, á, ê, é, î, í, ï, ô, ó, ŷ, ý, ü). Evita-se o acúmulo de mácrons com acento, preferindo-se apenas o mácron (ou seja, ḗ, ṓ), e não se transcreve o iota subscrito. O spiritus asper é grafado com h, assim como as aspiradas (ph, th, kh, rh). Prefere-se o dígrafo ksa x. O gama, mesmo com valor nasal, é sempre transcrito como g. Essa transcrição também é seguida quando se trata do grego moderno.
Para a transcrição do russo, adotam-se as vogais a, ja, e, è, ë, i, o, u, ju, y; prefere-se a letra simples c ao dígrafo ts, assim como h em vez de kh ou ch. Sempre se usa j em vez de y, quando com o valor de semivogal. As palatais são č, š, šč, ž. O apóstrofo é usado para representar o sinal de palatalização. Outras línguas eslavas que usam alfabeto cirílico, como o búlgaro, o sérvio e o ucraniano, seguem a mesma transcrição, apenas com alguns acréscimos de símbolos, como ă, ś,lj, nj, št, entre outros.
Para o japonês usou-se o sistema Hepburn de transliteração (Hebonshiki romaji), pelo qual se indicam as vogais longas por meio de mácrons (ā, ī, ō, ū), consoantes sem valor fonológico em sílabas como j e f e transcrição de encontros consonantais como sh, ch, ts, tt, ttch. O mandarim segue o sistema Pinyin, com tons marcados sobre as vogais (ā, á, ǎ, à). O cantonês segue o sistema Yale.
Com relação às línguas da Índia, às línguas dravídicas (malaiala, tâmil) e às indo-europeias (hindustâni, bengali, concani, marati, cingalês), segue-se o mesmo sistema tradicional de transliteração do sânscrito, com mácrons (ā, ī, ū), pontos sob as letras para marcar as consoantes retroflexas (ṛ, ṝ,ḷ, ḹ, ṣ, ṭ), geminações e aspirações transcritas por dígrafos (tt, pp, ññ, bh, dh, gh, ph, th, kh) e diversos outros diacríticos e dígrafos (ṅ, ṁ, ṇ, ś, ḥ, ṉ, ḏ, ñ,š, ç, sh, ch, chch).
Para o árabe, segue-se o sistema Hans Wehr, com pequenas alterações: prefere-se o g às grafias ġ e ḡ, assim como o j ao ǧ, mas mantêm-se todos os demais diacríticos: mácrons sobre as vogais longas (ā, ī, ū), o símbolo ɔ para o hamza, o símbolo c para a faringal sonora, os pontos abaixo das letras para as enfáticas (ṭ, ṣ,ẓ) e para a faringal surda ḥ, os traços para as interdentais ṯ, ḏ, o símbolo š para o shin e o antigo símbolo ḫ para a velar surda.
O hebraico segue o padrão da Society of Biblical Literature, com sons vocálicos com mácrons (ā, ē, ī, ō, ū), bráquias (ă, ĕ, ŏ) e schwa (ǝ), com o sin como ś e com o shin como š, mas com os sons fricativos bilabiais como f e v e o velar como ḵ. Os demais diacríticos e sinais especiais assemelham aos do árabe (ɔ, c, ḥ, ṭ, ṣ, ṯ,ḏ).
Lista de prefixos e de outros elementos de composição produtivos
significado e étimo | exemplos | |
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a1- | próstese fonética, de origem diversa, fundamentada principalmente sobre os prevérbios lat ad, “para perto”, ou ab, “para longe”. | abacharelar, abeirar, abiscoutar, adoidar, aferrar, afortunoso, atranqueirar |
a2- | “não”, a partir do gr a- | abiose, ablefaroptose, acarpantese, acefalogastria, acloroblepsia, ametódico, assexual, azeótropo |
an- | “não”, a partir do gr an- | anácido, anacústico, anaeróbico, anamniota, anemático, anistórico, anortografia, anúria |
arqui- | “dirigente de”, forma alterada do gr arkhē, criado a partir de palavras como gr arkhitektonikós, “relativo à arte de construir”, e, por metáfora, “de dirigir”. | arquicancelário, arquilexema, arquipirata, arquirrival, arquivulgar |
-benzo- | truncamento do lat cient benzoe, de origem árabe, em determinados compostos da química orgânica. | benzoaconina, benzino, benzoíla, benzopireno |
-cida | “que mata”, do verbo cædĕre, a partir do lat homicida e, posteriormente, do fr suicide. | abadecida, anguicida, bernicida, bispicida, denticida, feticida, lombricida, protozoicida, virucida |
-cola | “que cultiva, que mora em”, do verbo colĕre, a partir do lat agricola. | alpícola, arenícola, basaltícola, conchícola, dendrícola, enícola, fucícola, lignícola, silicícola, vinícola |
-cracia | “governo”, a partir do gr dēmokratía, via fr démocratie. | americanocracia, bancocracia, cafeocracia, cleptocracia |
-crata | “que governa”, a partir do gr dēmokrátēs, via fr démocrate. | bancocrata, burocrata, cleptocrata, monocrata, vulgocrata |
-ênio | “ano”, forma alterada do lat annus, criado a partir do lat biennĭum, “período de dois anos”. | anuênio, bimilênio, trezênio |
-fago- | “que come”, a partir do gr sarkophágos, “que come carne”. | afagia, alotriófago, andrófago, arsenicófago, cacófago, eleófago, exófago, larvófago, taquífago |
-fero | “que leva”, derivado do lat ferre, a partir do lat aurĭfer, “que leva ouro”. | agatífero, araneífero, cistífero, estigmatífero, hilófero, nubífero, pomífero, selenífero, zincífero |
-ficar | “tornar”, derivado do lat facĕre, a partir do lat amplificare, “tornar amplo”: | acetificar, bonificar, calorificar, codificar, dulcificar, heroificar, nadificar, rancificar, vitrificar |
-fico | “que se torna”, derivado do lat facĕre, a partir do lat amplifĭcus, “que se torna amplo”: | cerífico, colorífico, lapidífico, horrorífico, mucífico |
-foro | “que leva”, derivado do gr phérō, a partir do gr doryphóros, “que carrega a lança”. | adenóforo, balanóforo, cioforia, condilóforo, faneróforo, himenóforo |
-fugo | “que foge”, derivado do lat fugĕre, a partir do lat cient centrifŭga, “que foge do centro”. | acrófugo, capnófugo, febrífugo, hidrófugo, obesífugo, vermífugo |
-gero | “que produz, que traz”, derivado do lat gerĕre, a partir do lat armĭger, “que traz armas”. | bolbígero, hamígero, morbígero, pinígero, serpentígero, utrígero |
-gono | “ângulo”, derivado do gr gōnía, a partir do gr polygōnos, “que tem muitos lados”. | amblígono, hexacontágono, isogônico, trigonal, tritriacontágono, undecágono |
-grado | “caminhar”, derivado do lat gradi, a partir do lat retrogrădus, “que caminha para trás”. | centígrado, decígrado, digitígrado, heterógrado, saltígrado, tardígrado |
-hidro- | “água”, forma alterada do gr hýdōr, a partir do gr hydrophobía “medo de água”. | anidrobiose, benzidrol, conidrina, hidrato, hidromecânico, nitridrocelulose |
-lábio | “aparelho de medição”, forma alterada do gr lambánō, “tomar, segurar”, a partir do gr astrolábion, “objeto para medir a altura dos astros”. | cosmolábio, eclábio, nictolábio, nocturlábio |
-latra | “que adora”, forma alterada do gr latría “adoração”, a partir do gr eidōlolátrēs, “que adora ídolos”. | alcoólatra, angelólatra, antropolatria, autolátrico, estratólatra, logólatra, xilólatra |
-mano | “louco”, forma alterada do gr manía, a partir do gr gynaikomanēs, “que é apaixonado pelas mulheres”. | algômano, autografômano, dipsômano, eritrômano, megalomania, querômano, tabacômano, ufômano, zoômano |
-mnese | “lembrança”, derivado do gr mimnēskō “lembrar--se”, a partir do gr amnēsía “esquecimento”. | catamnese, ecmnésia, pseudomnésia |
-peto | “dirigir-se a”, derivado do verbo petĕre, a partir do lat cient centripĕta, “que se dirige ao centro”. | cornípeto, corticípeto |
-ragia | “que escorre”, derivado do gr rhēgnymi, a partir do gr haimorrhagía “fluxo de sangue”. | balanorragia, colorragia, fatniorragia, oftalmorragia, pneumorragia, verborragia |
-reia | “que derrama”, derivado do gr rhéō, a partir do gr diárrhoia, “que flui para todos os lados”. | agalorreia, bibliorreia, galactorreia, graforreia, seborreia |
-vomo | “que vomita”, derivado do lat vomĕre, a partir do lat ignivŏmus “que cospe fogo”. | fulminívomo, fumívomo, terrívomo |
-voro | “que come”, derivado do lat vorare, a partir do lat carnivŏrus, “que se alimenta de carne”. | apívoro, bananívoro, detritívoro, ignívoro, liquenívoro, viscívoro |
Lista de elementos de derivação (sufixos,vogais temáticas e elementos de ligação) de étimo variado
alguns significados | exemplos | |
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-aça | aumentativo | barbaça, cornaça, curvaça, fumaça, linhaça, pernaça |
-áceo(a)(s) | semelhança, família de plantas | algáceo, arenáceo, ceráceo, cerdáceo, ficáceo, margaritáceo, murtáceo, ocráceo, saponáceo, xistáceo |
-acho | diminutivo | bombacho, corvacho, covacho, friacho, lagoacho, plumacho, riacho |
-aco | origem, relação | austríaco, nilíaco, psoríaco |
-aço | aumentativo, intensidade | agraço, animalaço, aspaço, atrevidaço, bicaço, caminhonaço, cutelaço, femeaço, fidalgaço, lerdaço, talentaço, vidraço |
-ada1 | coletivo, golpe, produto, estado | adagada, agulhada, bacelada, batucada, bobajada, cervejada, derrocada, galinhada, navalhada, saraivada, xaropada, unhada, zagaiada |
-ada2 | patronímico | arquegoníada, lusíada, políada |
-ádego | referência, origem | achádego, generaládego |
-ado | particípio, cargo | ababadado, aboldriado, acutifoliado, alternipenado, amancebado, imparinervado, marquesado, meirinhado, salmonado, segmentado, zebrado |
-agem | coletivo, estado, qualidade | açudagem, bobagem, centragem, costumagem, peritagem, xumbregagem |
-aico | referência, origem | altaico, aramaico, incaico, lamaico, mitraico, ptolemaico, voltaico |
-al1 | tendência, coletivo, plantação | abrunhal, açaizal, afixal, arterial, bacurizal, cranial, escapulal, tijucal |
-al2 | química | bromal, butiral, propanal, tiopental |
-alha | coletivo, depreciativo | clericalha, parentalha, sedalha |
-alho | aumentativo | abobalhar, bandalho, bobalhão, escorralho, grandalhão, padralhada, ricalhouço, viscondalho |
-ama | coletivo | belezama, caroçama, dinheirama, papelama, piolhama, vaqueirama |
-ame | coletivo | bestiame, cartuchame, galinhame, mulherame, vasilhame, vergame |
-ança | estado, qualidade, resultado | adivinhança, chupança, ganhança, governança, medicança, puxança, quebrança, trigança, vizinhança |
-ância | estado, qualidade, resultado | comilância, embirrância, lucilância, pululância, turbidância, vagância |
-anhar | verbo frequentativo | abocanhar, agafanhar, apatanhar |
-ano | química, origem, partidário | butano, cadmiano, mesmeriano, paraguaiano, parisiano, parnaibano, pirano, piraubano, toledano |
-ante | atividade | abafante, bestificante, contagiante, espreitante, necrotizante, xipante |
-ão1 | origem, semelhança | aldeão, braganção, sintrão |
-ão2 | aumentativo | andorinhão, barrigão, cornetão, vespão |
-ar1 | verbo | abafar, medalhar, tangenciar, zurrar |
-ar2 | tendência | anelar, bracteolar, cavalar, decangular, secular, tubercular, ultrassecular |
-aréu | coletivo, aumentativo | cacaréu, lumaréu, mataréu, povaréu |
-aria | coletivo, lugar | albergaria, barbearia, camelaria, garrafaria, piolharia, volataria |
-ário | conjunto, atividade, lugar, estado | acantário, antenária, carnário, dentinário, hostiário, zebrário |
-arro | aumentativo | bocarra, conceitarraz, doidarrão, paparrotice, santarrão, zangarrear |
-ático | referência, origem | abismático, alarvático, arreeirático, sacarolático |
-ato1 | cargo | amitato, generalato, oficialato, xogunato |
-ato2 | relação, qualidade | alonimato, artesanato, assassinato |
-ato3 | diminutivo | baleato, mamata |
-ato4 | química | acetolato, argentato, tereftalato, zincato |
-az | aumentativo, capacidade | arreaz, beberraz, costumaz, linguaraz, machacaz, rochaz, tolaz, velhacaz |
-ázio | aumentativo | balázio, copázio, pratázio, trompázio |
-bil- | possibilidade, dever, necessidade | consolabilidade, habilidoso, possibilitar |
-bundo | tendência | errabundo, nauseabundo, pensabundo |
-ção | estado, qualidade | abafação, chapeação, defumação, isolação, ovalação, siglação, zingração |
-cundo | tendência | fecundo, iracundo, rubicundo |
-d- | consoante de ligação | abrangedor, chovedio, gemedouro, roedura, torcedela, varredeiro |
-dade | estado, qualidade | abrasividade, baianidade, cerebralidade, frivolidade, infernalidade, zonalidade |
-dela | diminutivo | apalpadela, chamuscadela, molhadela, piscadela, tosquiadela, zurzidela |
-deiro | atividade, depreciativo | desaguadeiro, escrevinhadeiro, palradeiro, resvaladeiro, zoadeiro |
-diço | qualidade, propriedade | alagadiço, escaladiço, zangadiço |
-doiro | lugar, futuridade | amassadoiro, mastigadoiro, vivedoiro |
-dor | atividade | abonador, insuflador, parafuseador, puxador, rodeador, tatuador, zurzidor |
-douro | lugar, futuridade | ancoradouro, descarregadouro, miradouro, sumidouro, vivedouro |
-dura | estado, qualidade, abstrato | amarradura, desembocadura, queimadura, tostadura, zimbradura |
-e- | vogal de ligação, frequentativo | alceame, aracneano, brasileína, combinatoriedade, gaitear, zonzear |
-eba | pejorativo | decoreba, molecoreba, natureba |
-ecer | verbo incoativo | agradecer, emurchecer, lourecer, robustecer, umedecer, vermelhecer |
-eco | diminutivo, pejorativo | amoreco, burreco, doutoreco, padreco |
-edo | coletivo, lugar | alnedo, bruxedo, lajedo, urzedo, vinhedo |
-eiro | atividade, coletivo, origem, árvores | abricoqueiro, açougueiro, basqueteiro, cururuzeiro, espinheiro, funkeiro, salchicheiro, taboqueiro, xepeiro |
-ejar | verbo frequentativo | adoidejar, aurorejar, farfalhejar, tamborejar, trapejar, ventanejar |
-ejo | diminutivo, origem | animalejo, lunarejo, pardalejo, sertanejo |
-el(a) | diminutivo, tendência | carretel, chousela, lebrel, magrizela, michela, pratel, redondela, sombrela |
-elho | diminutivo, pejorativo | boquelho, grupelho, rapazelho, roselha |
-ença | estado, qualidade, resultado | benquerença, conhecença, renascença |
-ência | estado, qualidade, resultado | arborescência, estridulência, pendência |
-engo | referência | abadengo, judengo, majorengo, monstrengo, mulherengo, verdolengo |
-enho | origem, semelhança | açorenho, nortenho, sedenho, triguenho |
-eno1 | origem | antioqueno, chileno, damasceno |
-eno2 | química | amileno, antraceno, undecilênico |
-ense | origem | abaetubense, itajuense, xiquexiquense |
-entar | verbo causativo | aformosentar, ensanguentar, escurentar |
-ente | atividade | bendizente, desfalecente, tardiflorente |
-ento | provido de, estado, tendência | agourento, chulepento, molambento, suarento, verruguento, xexelento |
-eo | referência, semelhança, origem | abactíneo, fúmeo, óveo, vulcâneo |
-eria | lugar | alcaideria, peleria, poltroneria, vozeria |
-ês | origem | albanês, feroês, montês, siamês, zelandês |
-escer | verbo incoativo | aurorescer, cancrescente, rubescer |
-esco | referência | aventuresco, camaradesco, gauchesco |
-est(r)e | referência | alpestre, celeste, rupestre, terrestre |
-eta | diminutivo | adagueta, bimbarreta, ceboleta, faixeta, historieta, ranheta, roupeta, tranqueta |
-ete | diminutivo | ancorete, balancete, bigodete, caçonete, chumacete, mandarinete, zagalete |
-ético | referência, origem | aidético, amulético, iscurético |
-eto | diminutivo, química | agulheto, azoteto, seleneto, zagaleto |
-eu | origem | alcaloideu, espeleu, jacobeu, sinopeu. |
-ez | estado, qualidade | acidez, escassez, pacatez, tibiez, vividez |
-eza | estado, qualidade | ardileza, lenteza, rareza, riqueza, viveza |
-ficar | verbo causativo | acetificar, amonificar, aridificar, brutificar, esclerificar, massificar |
-i- | vogal de ligação | abeliano, aciniforme, campícola, draconiano, espaciar, viscívoro |
-ia1(tônico) | lugar, atividade, qualidade | ablefaria, agronomia, colostomia, delegacia, hiperfagia, zoologia |
-ia2(átono) | abstrato | altiloquência, clarividência, exúrbia, felícia, poliúria, vidência, zoonímia |
-íase | doença | amebíase, giardíase, xistossomíase |
-icar | verbo frequentativo | apanicar, decuplicar, estorricar, mexericar, sextuplicar, tossicar |
-ice | estado, qualidade, propriedade | abelhudice, meiguice, teimosice |
-ície | estado, qualidade, propriedade | blandície, esturdície, molície |
-icho | diminutivo, depreciativo | canicho, governicho, sabichão, travicha |
-ício | referência | alimentício, excrementício, vitalício |
-ico1 | diminutivo, depreciativo | adocicar, canjica, coisica, namorico, pelotica, roupiquinha, tremelicoso |
-ico2 | referência, participação | aarônico, clorótico, edênico, hedonístico, lipocárdico, ocrodérmico, zoroástrico |
-iço | qualidade, propriedade | abertiço, chovediço, esquecediço, fugidiço, resvaladiço, zangadiço |
-ida | química, referência | abraâmida, amazônida, azotida, cetida, fatímida, ftálida, murexida, ureída |
-idão | abstrato | branquidão, escrupulidão, prenhidão, rouquidão, sequidão, vermelhidão |
-ídeo(s) | semelhança, família de animais | actinídeo, alantoídeo, ciurídeo, dasipodídeo, radionuclídeo, sacarídeo |
-ido | química | bertholido, butanolido, selênido, xilidina |
-il | tendência, qualidade | antifebril, mongil, potril, quintil, vibrátil |
-ilhar | verbo frequentativo | cuspilhar, dedilhar, fervilhar, saltarilhar |
-ilho | diminutivo | açucarilho, cigarrilha, guitarrilha, negrilho, sapatilho, sequilho, vidrilho |
-ilo | química | benzilo, butenilo, citrilo, torilo, uranilo |
-im | diminutivo | algodoim, barraquim, lagostim, vargim |
-ina | química | açafroína, aglutinina, gomalina, mucina, nitrina, psilocibina, vanilina, xiloidina |
-inhar | verbo frequentativo | abespinhar, dorminhar, escoicinhar, escrevinhar, patinhar, turturinhar |
-inho | diminutivo | adeusinho, papudinho, xicarazinha |
-ino1 | origem, relação | anapolino, dançarino, granadino, prudentino, serrino, vitelino, zebrino |
-ino2 | química | amidino, citrinino, quinino, talino |
-inte | atividade | contribuinte, fuginte, substituinte |
-io1 (tônico) | coletivo | bravio, chovedio, salgadio, valedio |
-io2 (átono) | referência | abissínio, assessório, estetoscópio, hibérnio, monogênio, viscídio, xilênio |
-isco | diminutivo, referência | chuvisco, marisco, moirisco, turquisco |
-iscar | verbo frequentativo | anegriscar, enturviscar, troviscar |
-ismo | estado, qualidade, doutrina | academicismo, casanovismo, coloquialismo, egoísmo, iatismo, primitivismo, xintoísmo, zwinglianismo |
-ista | atividade, origem, partidário | algebrista, ambientalista, autonomista, controlista, fenomenalista, integralista, quatrocentista, xilofonista, zapatista |
-ita1 | diminutivo | bolita, casita, cabrita, cousita, negrita |
-ita2 | origem, partidos, seitas | abraamita, elamita, cenobita, ebionita, moabita, rafaelita, saudita, vaabita |
-ita3 | pedra | aikinita, berilonita, nordstrandita, zoisita |
-itar | verbo frequentativo | agilitar, aforritar, apequenitar, chupitar, facilitar, incapacitar, manquitar |
-ite1 | inflamação | bronquite, cranite, didimite, esofagite, himenite, neurite, otite, uvulite |
-ite2 | fóssil, pedra, substâncias | gedrite, madreporite, ulexite, vulcanite |
-ito1 | diminutivo | cerrito, fidalguito, pequenito, sebito |
-ito2 | rocha | assiderito, liparito, quimberlito, unaquito |
-ito3 | química | alcoolito, clorito, manganito, sulfito |
-itude | abstrato | angelitude, negritude, quietitude |
-ivo | referência, estado | abreviativo, ebriativo, integrativo, organizativo, reformativo, vomitivo |
-izar | verbo causativo | acidentalizar, arte-finalizar, desbarbarizar, islamizar, olorizar, sistematizar, sutilizar, vulnerabilizar |
-l- | consoante de ligação | amidólico, cafelista, gomalina, togolês |
-mente | advérbio de modo | felizmente, redondamente, vilãmente |
-mento | resultado, coletivo | abaixamento, casamento, descongelamento, empicotamento, nivelamento, vazamento, zunimento |
-o- | vogal de ligação | abeloíta, aerófugo, cardiopatia, cartomante, elefantófago, taxiólogo |
-oa | origem | ilhoa, macacoa, machoa, varoa, viloa |
-oca | diminutivo | beiçoca, belezoca, boboca, vidoca |
-oide | semelhança | aftoide, comunistoide, himenoide, paranoide, suspensoide, zooide |
-oiro | lugar | afogadoiro, enxugadoiro, esfriadoiro, passeadoiro, rapadoiro, vivedoiro |
-ol1 | diminutivo | aranhol, besteirol, portinhol, reminhol |
-ol2 | química | benzol, butanol, eucaliptol, mentol |
-ol3 | origem | espanhol, reinol |
-ola | diminutivo | aldeola, corriola, lajeola, mentirola |
-oma | tumor, citologia | blastoma, coproma, linfoma, vacuoma |
-ona | química | cetona, heptanona, pentanona, peptona |
-onho | qualidade | enfadonho, sedonho, tardonho, tristonho |
-or | atividade | abastecedor, colonizador, fumador, gozador, liquidificador, namorador, respirador, unificador, zombador |
-ório | lugar, capacidade | advocatório, congratulatório, falatório, reconciliatório, trajetória, xingatório |
-orro | aumentativo | beatorro, gatorro, peidorreiro, sapatorro |
-ose | doença, química | acariose, alucinose, ascaridiose, cerebrose, espiroquetose, hipocofose, mielose, pirose, resinose, virose |
-oso | cheio de | acintoso, dadivoso, espantoso, viçoso |
-ota | referência, habitante | cairota, craniota, esmirniota, suliota |
-ote | diminutivo | baleote, frangote, pingotear, rapazote |
-ouro | lugar | aquecedouro, embarcadouro, germinadouro, resfriadouro, vazadouro |
-são | estado, qualidade | alusão, inversão, oclusão, transfusão |
-sor | atividade | censor, delusor, repulsor, suspensor |
-t- | consoante de ligação | abonativo, angiomatose, bibelotista, epizootia, ideativo, mediático, vinhateiro |
-teria | lugar | cafeteria, danceteria, lambateria |
-tério | lugar | beatério, ermitério, revertério, salvatério |
-tivo | referência, estado | badalativo, enjoativo, puxativo, vingativo |
-tor | atividade | apicultor, conector, ignitor, projetor |
-tório | lugar, capacidade | abonatório, comprovatório, executório, migratório, reformatório, xingatório |
-tude | abstrato | concretude, decrepitude, licitude |
-tura | estado, qualidade, abstrato, cargo | angustura, chefatura, estreitura |
-uça | aumentativo, coletivo | carduça, ganhuça, neguça |
-udo | provido de grande(s)... | beiçudo, lãzudo, orelhudo, ventrudo |
-ugem | coletivo, semelhança | amarugem, babugem, pelugem, penugem |
-ulo | diminutivo | amébula, lóbulo, mucrônulo, vilósulo |
-ulho | diminutivo | bagulho, esfregulho, graúlho, pedregulho |
-um | referência | azedum, bebum, caprum, picum, vacum |
-ume | coletivo, qualidade, propriedade | acesume, curtume, pretume, tapume |
-ura | estado, qualidade, abstrato, cargo | agrura, chatura, baixura, bravura, fervura, lindura, quentura, verdura |
-vel | possibilidade, dever, necessidade (altera para -bil- antes de -i+dade). | abalável, cicatrizável, condizível, domável, inconfessável, mencionável, rejeitável, reproduzível, xerocável, aceitabilidade, amabilidade, indisponibilidade, revogabilidade, vulnerabilidade |
-z- | consoante de ligação | abacaxizal, bacurizeiro, lambarizinho, mauzão, urubuzar, xicarazinha |